24 de jul. de 2015

Um estranho na rua

Foi nessa mesma esquina onde eu realmente percebi que acabou, depois de tantos desencontros. Quando o vi, passou-se um filme em minha mente, desde o inĂ­cio atĂ© aquele instante, lembro que minha mente insistia em voltar nos momentos bons para que meu coraĂ§Ă£o nĂ£o se entristecesse com a posiĂ§Ă£o que estĂ¡vamos, tudo em fraĂ§Ă£o de segundos. TambĂ©m me lembrei de como nos conhecemos, naquele mesmo evento hĂ¡ meses atrĂ¡s quando acidentalmente nos esbarramos e trocamos olhares de desejo, telefones, mensagens. E ali, vinte e sete de novembro por volta das dez da noite, trocamos olhares novamente, mas dessa vez nĂ£o houve desejo e nem contato fĂ­sico, nos reconhecemos de longe. NĂ£o trocamos palavras, mas entendi tudo que ele quis dizer naquele olhar. Acabou. E em meu dizia Volta. Depois de um tempĂ£o percebi que todos que estavam no evento estavam como nĂ³s começamos: encantados, e eu senti uma tristeza totalmente diferente das que jĂ¡ havia sentido, eu nĂ£o desejava isso pra ninguĂ©m e torcia para que todos os romances que ali começariam, nĂ£o terminassem como o meu. ApĂ³s essa loucura de pensamentos e sentimentos, nĂ£o percebi que ele jĂ¡ tinha ido embora e sĂ³ me restou fazer o mesmo... Talvez a gente se encontre novamente em outra esquina dessas, talvez um dia vocĂª passe despercebido por mim, como mais um estranho, que um dia significou tudo.

Esse texto faz parte do Projeto Escrita Criativa, para saber mais clique aqui.

2 comentĂ¡rios:

  1. Que poĂ©tico! Quando eu vi o tema lĂ¡ no grupo do projeto, eu imaginei logo eu descrevendo realmente um estranho, alguĂ©m que nunca tinha visto, mas sequer imaginei em alguĂ©m que se tornou um estranho com o passar do tempo. Ficou uma escrita incrĂ­vel, parabĂ©ns!

    Beijos, Sel | Quinta Gaveta ♥

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    1. VocĂª nĂ£o sabe o quanto eu fico feliz por ler isso! Muito obrigada, Sel <3

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